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terça-feira, 16 de novembro de 2010

o PEQUENO GRANDE AMOR


O Pequeno Grande Amor




 
 










Estar carente é uma condição sine qua non de todos nós.  
A questão é saber o que é que fazemos, 
ou melhor, como lidamos com ela. 
Não devemos relevar esse tipo de emoção 
e também não dar-lhe um peso maior que o devido.

Estar carente é quase um estado indefinido da alma. 
Os motivos pelos quais nos sentimos assim, 
na maioria das vezes - por mais paradoxal que pareçam,
também estão carentes de substância.

Queremos ter um sentido na vida 
e sempre achamos que isso significa bater
a porta e dar as costas à vida e ao dia-a-dia.
Muitas vezes queremos encobrir (não sei de quem) 
esse vazio e fingir que não é uma carência 
de uma busca verdadeiramente espiritual. 
A cada dia percebemos que alimentamos nosso corpo, 
satisfazemos nossas emoções, 
mas que o espírito continua vazio.

Suavemente a intuição (essa certeza que vem de Deus) 
nos lembra que nós não somos o corpo que 
muda a cada hora, nem somos nossos 
desejos que variam com o dia.

Necessitamos urgentemente identificarmos 
quem somos em realidade e, para isso, 
é imprescindível que tenhamos a derradeira 
coragem de iniciarmos a nossa jornada interior.

Queremos tolamente começar pelo fim. 
É como obter a carteira de motorista 
(ou carta como queira) e somente depois 
aprender a dirigir, mas a vida não é assim.

Temos que aprender a conhecer e amar o "pequeno amor"
e somente depois é que estaremos aptos a lidar 
com o grande amor (não importa a forma) 
que almejamos conquistar.

O "pequeno amor" pode estar naquele gesto que 
fazemos naturalmente, mas que muitas vezes 
está vazio de emoção e sem consciência.

Quantas vezes mecanizamos o "bom dia" que dizemos, 
ou mesmo, estacionamos o veículo fora 
do regulamento de trânsito?

Será que aproveitamos aqueles momentos 
no engarrafamento com pensamentos positivos?

Normalmente ficamos presos aos problemas 
e quase nunca focamos na solução. 
E o que ganhamos com isso ?

Tem outros "pequenos amores" aos quais 
nem sempre estamos atentos. 

Andamos correndo na rua e quase nunca 
observamos (com detalhes) o caminho que 
fazemos todos os dias, e nem paramos alguns
momentos para observar o caminho que fazem
as nuvens no céu ou, quando chove, 
os pingos correndo pelo vidro. 
Aliás, há quanto tempo não fazemos riscos 
com os dedos no vidro embaçado?

Algo que pode nos ensinar a lidar com 
os segredos, para se conseguir um grande amor,
é fazer pequenas coisas, como cultivar
uma planta, por exemplo. 

Se soubermos fazer isso saberemos 
cuidar de um amor.

O amor não é um sentimento isolado. 
Tem vínculos com tudo que está 
a nossa volta e dentro de nós. 

Existe uma sincronia entre o amor que almejamos
e a maneira como amamos.

Não importa se somos desatentos com quem
amamos ou distraídos jogamos um
pedaço de papel de bala no chão. 
Cada coisa - no seu grau de importância – 
tem seu reflexo em nossa alma.

Se teu coração quer encontrar o amor 
não se desconecte (para usar uma palavra em voga)
do que existe a sua volta, nem de si mesma 
e nem do que vive em seu interior.  

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